
Entre
2009 e 2018, o pessoal ocupado em atividades comerciais em Mato Grosso aumentou
22%, passando de 163.447 para 209.928, aponta a Pesquisa Anual do Comércio
(PAC) 2018. O número de unidades locais (lojas) com receita de revenda subiu de
26.898 para 28.731 no estado na mesma comparação.
A
pesquisa traz os principais resultados das empresas comerciais brasileiras,
cujas atividades se dividem em três segmentos distintos: comércio de veículos,
peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista. A PAC
prioriza a comparação entre 2009 e 2018 a fim de identificar mudanças
estruturais num período de dez anos.
Do
total de 209.928 pessoas ocupadas em Mato Grosso, 28.070 estavam no comércio de
veículos, peças e motocicletas, 36.701 no comércio por atacado e 145.157 no
comércio varejista. A receita bruta de revenda e de comissões sobre vendas no
estado aumentou de R$ 36,9 bilhões para R$ 127,7 bilhões entre 2009 e 2018. Os
salários, retiradas e outras remunerações passaram de R$ 1,6 bilhão para R$ 5,1
bilhões.
A
participação do Centro-Oeste na receita bruta de revenda brasileira aumentou de
9% para 10%. Já a participação de Mato Grosso na receita bruta de revenda do
Centro-Oeste subiu de 24,2 para 31,7%, só atrás do estado de Goiás, cuja
participação caiu de 36,9% para 33,8%.
Segundo a pesquisa, a margem de
comercialização (que é obtida dividindo-se a margem do comércio --definida pela diferença entre a
receita líquida de revenda e o custo de mercadorias vendidas-- pelo custo de
mercadorias vendidas)
em empresas comerciais mato-grossenses passou de R$ 6,3 bilhões para R$ 21
bilhões.
Brasil tem 1,5 milhão de empresas comerciais gerando
receita de R$ 3,7 trilhões
Entre 2009 e 2018, o pessoal ocupado em atividades comerciais aumentou
19,7%, passando de 8,5 milhões para 10,2 milhões. O número de empresas
comerciais cresceu 5,2%, indo de 1,4 milhão para 1,5 milhão. Já a quantidade de
unidades locais (lojas) subiu de 1,5 milhão para 1,7 milhão em dez anos. Em
relação a 2017, o número de empregados no setor subiu 0,3% (ou 28,8 mil). Por
outro lado, caíram a quantidade de empresas (2,2%, ou 34, 2 mil) e unidades
locais (1,2% ou 19,8 mil).
Em dez anos, a média de pessoas ocupadas no comércio passou de seis para
sete por empresa, no período. No varejo, que em 2018 ocupava 74,5% dos
trabalhadores do comércio no Brasil, essa média passou de seis para sete
pessoas empregadas por empresa, enquanto o atacado foi de nove para oito e o
comércio de veículos e peças manteve-se em seis pessoas. A única atividade em
que esse número aumentou de forma significativa foi a de hipermercados e
supermercados, que passou de 82 para 99 pessoas ocupadas.
Em 2018, a atividade comercial no país gerou R$ 3,7 trilhões de receita
operacional líquida (receita bruta menos as deduções, tais como cancelamentos,
descontos e impostos) e R$ 613,5 bilhões de valor adicionado bruto. O setor
pagou R$ 237,4 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, mantendo a
estabilidade da remuneração média das pessoas empregadas em empresas
comerciais, que foi de 1,8 salário mínimo em 2009 e 1,9 em 2018.
A participação do comércio varejista na receita operacional líquida
cresceu 4,4 pontos percentuais (p.p) em 2018 (45,8%) em relação a 2009 (41,4%).
O atacado também subiu de 43,4% para 44,9% em 2018. Já o comércio de veículos,
peças e motocicletas perdeu participação de 5,9 p.p na receita líquida,
passando de 15,2% para 9,3% em dez anos.
Entre as atividades comerciais que tiveram os maiores ganhos de
participação na receita líquida no período, destaca-se o segmento de
hipermercados e supermercados, que subiu de 10,5% para 13,2%. As outras
atividades que cresceram no período foram o comércio por atacado de
matérias-primas agrícolas e animais vivos (de 2,8% para 4,3%) e o comércio
varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 3,1% para 4,1%).
Por outro lado, o comércio de veículos automotores concentrou queda de
4,8 p.p. na participação da receita líquida entre 2009 e 2018, passando de
10,8% para 6%. Os outros setores com as maiores perdas foram o comércio de
peças para veículos, que caiu de 3,4% para 2,8%, e o comércio varejista de
material de construção, de 3,8% para 3,3%.
Contatos:
Telefones:
(65) 3928-6100/ 3928-6130
Raquel
Gomes e Luiza Goulart (SDI/UE/MT)
Millane Chaves (chefe da Unidade Estadual do IBGE)
Supervisão de Disseminação de
Informações – SDI/UE/MT
27 de junho de 2020
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